31/01/2024
CUFA, Favela Filmes e Instituto Heineken formam jovens das periferias de São Paulo em curso de Audiovisual com Inteligência Artificial
O projeto Cri.Ativos da Favela nasceu em setembro a partir do lucro das vendas de Heineken 0.0 no The Town. Projeto visa expandir a potência criativa das favelas e abrir pontes para o mercado de trabalho.
Acontece na próxima quarta-feira (31), a formatura da primeira turma do projeto Cri.Ativos da Favela, idealizado pela Central Única das Favelas (CUFA), Instituto HEINEKEN e The Town. O curso, ministrado pela Favela Filmes, ganhou vida a partir da reversão de 100% do lucro com as vendas de Heineken 0.0 durante todos os dias do festival e possibilitou a criação de um laboratório tecnológico exclusivo para que cerca de 60 jovens das periferias pudessem passar por uma capacitação criativa no universo audiovisual durante três meses. Nos quesitos simbólico e de conteúdo, o projeto se desdobrou em momentos muito construtivos para a experiência dos criativos, jovens moradores em praticamente todas as zonas urbanas da cidade e até municípios vizinhos, como Guarulhos, Osasco e a região do ABC – o que reforçou a integração entre esses jovens de potência criativa imensurável.
O investimento de R$1 milhão foi destinado à compra de equipamentos técnicos, contratação de professores e toda a gestão e estrutura do local do curso, o qual foi ministrado nas dependências da CUFA, no Parque Santo Antônio, região sudeste da Capital. Salas foram equipadas com os aparelhos e instrumentos exigidos pela tecnologia atual, em ambiente propício ao desenvolvimento da imaginação e do potencial criativo dos alunos. Além da experiência teórica, os alunos participaram por uma experiência crítica na produção da série Motoboy SP, da Rede Globo e produziram um curta-metragem com narrativa própria para o Dia do Grafite e puderam colocar em prática todo o conhecimento absorvido durante a capacitação.
“Além de todo o desenvolvimento técnico e teórico dos alunos na capacitação audiovisual, o saldo final foi de muita cumplicidade, troca e um avanço imenso para esses jovens que agora vislumbram um amanhã ainda mais brilhante. Como Instituto, aplicamos o WeLab experiência imersiva de autoconhecimento e desenvolvimento de habilidades socioemocionais que visa ressignificar a relação de jovens com o consumo de bebidas alcoólicas. Foi uma experiência muito emocionante”, conta Vânia Guill, gerente executiva do Instituto HEINEKEN Brasil
“Há trinta anos eu era uma jovem fazendo um curso de audiovisual e já tinha uma pré-disposição para ensinar. Contextualizando de onde eu vim, antes de falar o que eu enxergo para o futuro dos meus alunos aqui no CrI.Ativos da Favela, o audiovisual me fez vislumbrar o futuro que eu queria. E o que eu espero para eles é a base do que a gente preza no projeto: talento e criatividade não têm classe social. Então, para o futuro deles, eu espero que enxerguem essas possibilidades sem limites que a criatividade e o audiovisual proporcionam em oportunidades de atuação criativa, e que também podem ganhar dinheiro com isso”, comenta Débora Freire, professora e coordenadora do CrI.Ativos da Favela.
“Antes de entrar no curso, eu não tinha certeza de que era possível viver do audiovisual, mas depois eu percebi que isso é possível. A minha jornada profissional já mudou totalmente porque eu tive aulas e recebi orientações dos professores que já estão no mercado de trabalho. São apenas três meses de curso, mas nesse período eu me transformei em outra pessoa. O projeto mudou a minha vida porque eu conheci pessoas incríveis e, o principal, percebi que o que eu amo é o audiovisual e não é algo inacessível para mim”, relata Samira Silva Balogun, videomaker e aluna da primeira turma do CrI.Ativos da Favela.
Todos da parceria sabem que é só o começo deste projeto e que ele ainda pode crescer em quantidade de turmas, em possibilidades para os alunos e se expandir para outras praças também.
Sobre o Instituto HEINEKEN
Para atender a catadores e catadoras de recicláveis, vendedores ambulantes e jovens e em situação de vulnerabilidade, o Grupo HEINEKEN, segunda maior cervejaria do país, criou em 2022 o Instituto HEINEKEN, primeiro do grupo no mundo, que visa fomentar a transformação da sociedade por meio do equilíbrio e atuar no desenvolvimento de habilidades socioemocionais, empreendedoras, capacitação, geração de emprego e renda e
promoção do consumo responsável de álcool, contribuindo assim para uma melhor perspectiva de futuro para estes públicos.
Sobre a CUFA
Presente há mais de 20 anos nas favelas brasileiras, a Central Única das Favelas (Cufa) promove atividades culturais relacionadas a esporte, educação, cidadania e arte, através da cultura Hip-hop, promovendo a integração e inclusão social da favela.A Cufa foi fundada por Celso Athayde, que mesmo não estando na instituição, ainda segue como voluntário, e conquistou o prêmio do Fórum Econômico Mundial de Empreendedor de Impacto e Inovação de 2022, na cidade suíça de Davos, no qual a honraria é oferecida pela Fundação Schwab. A Cufa tem a Favela Holding como mantenedora, um grupo com mais de 20 empresas voltadas para a favela e que se tornou seu braço econômico. Inclusive, a organização chegou a vencer o Prêmio Caboré 2022, na categoria de serviço de marketing.
A Cufa está presente em todos os estados do Brasil mais o Distrito Federal, além de diversos países, incluindo os Estados Unidos, quando, em 2015, teve a sua Semana Global, na Organização das Nações Unidas (ONU), que concedeu à instituição três cadeiras: Habitação, Afrodescendência e Juventude. Nesta ocasião, foi inaugurada a sede da Cufa Global, no bairro do Bronx, em Nova York.
Sobre “Por Um Mundo Melhor”
Em 2001, imbuído do pilar “Por Um Mundo Melhor”, o Rock in Rio assumiu o compromisso de conscientizar as pessoas para o fato de que pequenas atitudes no dia a dia são o caminho para fazer do mundo um lugar melhor para todos. Muito mais do que um evento de música, o festival pauta-se por ser um evento responsável e sustentável. Em 2006, tornou-se o primeiro grande evento a compensar a sua Pegada Carbônica. Em 2013, recebeu a certificação da norma ISO 20121 – Eventos Sustentáveis, um reconhecimento do poder realizador da marca que desenvolve diversas ações com vista à construção de um mundo melhor. Em 2016, foi anunciado o Amazonia Live, projeto socioambiental do Rock in Rio, presente nas edições do festival em todos os países onde o evento é realizado. Com o projeto, já foram plantadas mais de 4 milhões de árvores em mais de 2,6 mil hectares de floresta, com sementes coletadas por uma rede de coletores locais. Entre apoio do Rock in Rio e angariação de verbas pelos parceiros e público já foi investido mais de 5 milhões de reais no reflorestamento da região do Rio Xingu e apoiamos a restauração de mais de 4.2 mil hectares no projeto Paisagens Sustentáveis da Amazônia.
Para as edições de 2022, em Lisboa e Rio de Janeiro, o Rock in Rio reforçou o seu compromisso de ir ainda mais longe, anunciando um conjunto de metas de sustentabilidade até 2030 que visam aumentar o seu impacto positivo nos pilares social, ambiental e econômico. Dentre elas, capacitar 100 mil pessoas, ser 0% de lixo em aterro em todas as edições do festival, 50% de oferta de alimentação saudável e sustentável, envolver 100% dos stakeholders na sua política de sustentabilidade, ser um evento 100% acessível, inclusivo e plural, e garantir todas as condições de segurança, saúde e bem-estar adequadas a 100% dos envolvidos na construção da Cidade do Rock.
O festival também trabalhou para ser agente ativo na construção de um mundo melhor e levar esse pilar para qualquer lugar. Por meio da Rock World, empresa organizadora do festival, dentre as ações realizadas fora das cidades onde o Rock in Rio aportou, estão a construção de uma escola na Tanzânia, um centro de saúde no Maranhão, o já citado projeto Amazônia Live, instalou 760 painéis solares em escolas públicas, em Portugal, montou 14 salas sensoriais em ONGs portuguesas para atender jovens com deficiências, entre muitos outros.
A plataforma “Por Um Mundo Melhor” nasceu a partir do Rock in Rio e, hoje, é uma área consistente dentro da Rock World. O novo festival The Town, dos mesmos criadores do Rock in Rio, chega orientado pelos pilares de Sonhar e Fazer Acontecer e abraça o projeto, ao trabalhar sob uma visão de sustentabilidade que hoje é transversal a toda a organização.
Sobre a Rock World
A Rock World é a empresa criadora de experiências que nasceu do maior festival de música e entretenimento do mundo, o Rock in Rio. Com a missão de proporcionar experiências inesquecíveis através da música e do entretenimento, a marca tem como base de sua cultura corporativa a arte de sonhar, de fazer acontecer e inspirar as pessoas através da filosofia de construir um mundo melhor.
Hoje, além do Rock in Rio, a Rock World expandiu sua área de atuação para outros projetos de produção de experiências que abrangem diferentes áreas. No Live Entertainment, a marca possui o The Town, o novo e maior festival de música, cultura e arte de São Paulo, que aconteceu no Autódromo de Interlagos, em setembro de 2023. A partir de 2024 a Rock World assume, em parceria com a C3, a produção e operação do Lollapalooza no Brasil.
Na área de Conteúdo, o Rock in Rio Studios é o produto que reforça o DNA da companhia para a criação de conteúdos audiovisuais originais e o posicionamento no mercado como uma marca ainda mais poderosa e potente
de comunicação. A Rock World também atua na produção de espetáculos originais, os Originals. O primeiro deles foi desenvolvido em 2022 para o Rock in Rio, o Uirapuru, e para 2023 lançou o The Town O Musical.
E para a área de Educação, o Humanorama, o Rock in Rio Academy e o The Town Learning Journey buscam ativar a potência das pessoas para contribuir na construção de um mundo melhor. Ao ampliar sua atuação para tantos campos e diferentes negócios, a Rock World é hoje uma das maiores empresas de criação e produção de conteúdo proprietário de Live Experience no mundo.